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Pare o mundo que eu quero descer ...


Raul Seixas


tentando fazer poesia
do que me arranca a Alma,
ela mesma, mesmo que seja em pranto ...

sábado, 6 de novembro de 2010

sem mim



sentindo … um emaranhado de emoções, sensações, comoções e sentimentos, elevam-me ao máximo, fazendo-me rastejar num lugar escuro, sombrio, toldado, dentro, sempre dentro, ansiando, sempre, sempre, em vão, agora sei, por um mundo onde possa ser em liberdade tudo aquilo que sou, realmente sou

pergunto-me, pergunto-me constantemente, sem fim, porque sou este enredo intimo de contradições, de dores, de esperanças, de lutas, de fugazes momentos de ténue alegria, de mágoas, tristezas, angústias, de desejos insatisfeitos, de felicidade momentânea fugidia, de desilusão, decepção, e mais, muito mais…e sentir-me mendiga de mim mesma

sinto a vida fugir, dia a dia, segundo a segundo, velozmente a um ritmo alucinante, perturbante  e não consigo acertar o compasso, não consigo mesmo, parar o meu pensamento, traindo momento a momento,  traindo-me, só a mim, e creio, essa é a minha dor, dor de alma que brama dentro, aniquilando, rasgando, rugindo, pesar infindo retalhando, despedaçando, esquartejando o meu verdadeiro ser…

faço, sei que faço, tudo isto para não causar, doer, desiludir, matar, ver, a sombra nos seus olhares, de todos aqueles que amo, que são parte de mim, e para isso abdico de mim mesma, e sigo rastejando, sempre, esquecendo-me de viver tudo aquilo que sou, e sei que vou perdendo, a cada momento, a cada inspiração, e que vou morrendo em vida, assim, sem mim…

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Aquilo a que a lagarta chama fim do mundo, o homem chama borboleta.
(Richard Bach)







Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos

Raul Seixas

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