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Pare o mundo que eu quero descer ...


Raul Seixas


tentando fazer poesia
do que me arranca a Alma,
ela mesma, mesmo que seja em pranto ...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Como um Lobo



a noite é meu refúgio


é nela que me sinto viva, bem,


é nela que consigo viver algo, da vida


por ser negra, escura,

por saber que nesta hora muitos dormem, estão apagados, e não sorriem


não saboreiam a vida, num dormir, que os apaga...


e com eles, nestes momentos, me assemelho, 


num dúo contraditório, num não viver, deles,


num viver meu...

e na noite, sinto a vida pulsar, as forças voltar, como um lobo que sai à noite e uiva ...


uiva para se fazer ouvir, para se fazer valer, neste mundo

para mostrar que está vivo e que ele reina, nesses momentos de escuridão

e a noite se me mostra

amiga, conselheira, 


libertadora, de meus medos, de minhas limitações


quem me dera que o dia se tornasse noite, noite que me abarca


me trasmporta


chega ao ponto de me fazer sonhar


com tudo aquilo que não vivi, não senti, não alcançei ...


e pergunto-me, o que ela me traz para eu ser tão devota dela?!!


a paz, a candura, a sensualidade que sinto na pele, a solidão, acompanhada por mim


só por mim, e pelos meus sonhos


que me fazem viver, por momentos que passo nela


e forças me dá, para prosseguir, mesmo sem forças...


em mais um dia, de Luz, de sol, que me encandeia e me faz exasperademente


suplicar, rogar, que chegue mais uma noite ...


para sentir, em poucos momentos, breves, com ela, como ela é,  junto a ela,


que ainda estou viva !!!




Analuz

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Aquilo a que a lagarta chama fim do mundo, o homem chama borboleta.
(Richard Bach)







Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos

Raul Seixas

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