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Pare o mundo que eu quero descer ...


Raul Seixas


tentando fazer poesia
do que me arranca a Alma,
ela mesma, mesmo que seja em pranto ...

sábado, 25 de junho de 2011

e mais um dia ... cai ,,,




um dia de cada vez


tento viver, ir vivendo, sempre ...


acordo, sem forças, sem vontade, sem alegria, com dor, martela a dor, como martela ...


mas me levanto, porque deitar e dormir, já me dói o corpo, e ele já reclama, ele mesmo reclama, já....


e levanto, agarrada ao que próximo está de mim tentando segurar-me, pois o corpo já não reage


e debaixo do duche tento encontrar, renovar forças...


visto-me, sem ligar ao quê, prendo o cabelo, loiro e encaracolado, que teima em não assentar, bem ... como outrora ...


como, minto, bebo, bebo algo, para conseguir fumar o primeiro cigarro do dia, que faz estremecer o meu corpo, todo, como se fosse o primeiro, de milhões que já lhe entreguei...


e saio, saio sem sair, porque nada vejo, sem ser o objectivo que leve em mente e me faz seguir, dia a dia...


olho os pássaros voando, chilreando, e invejo-os


e invejo, o sol, o ar, a brisa que me toca o rosto e já não me faz sentir... nada

mas sigo, e sigo, até ao final da tarde, quando regresso, a casa, casa??? não tenho casa, é simplesmente onde me refugio, sequer é minha, não a sinto minha!!!


e corro, corro para aquilo que me faz enfrentar o resto do dia, da noite, que me adormece, me acalma, me afasta de tudo, da dor, da minha dor que ninguém enfrenta comigo, nem sequer a sentem, por muito que grite ...
e cai a noite, e deito, mais uma vez deito, e o leito é a a minha benção, o meu refúgio, e os momentos que fecho os olhos, na escuridão, no silêncio, entrego-me a ele, e vou apagando, apagando aos poucos, e desejando com todas as forças, que o outro dia, a luz, a luz que magoa do novo dia, não venha tão depressa como costuma vir..... mas vem, sempre vem... e mais uma vez ....

acordo, sem forças, sem vontade, sem alegria, com dor, martela a dor, como martela... Deus meu, como martela!!




















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Aquilo a que a lagarta chama fim do mundo, o homem chama borboleta.
(Richard Bach)







Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos

Raul Seixas

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