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Pare o mundo que eu quero descer ...


Raul Seixas


tentando fazer poesia
do que me arranca a Alma,
ela mesma, mesmo que seja em pranto ...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

NUNCA




nunca


nunca tive ninguém


nunca tive quem me abraça-se, quando mais precisei


nunca tive o calor quando mais necessitava


nunca ninguém me jogou a mão e resgatou


da minha dor, visível a olho nú

dos meus dilemas internos, que me torturam


nunca, nunca


tive alguém que se preocupou, se as minhas lágrimas caiam


se, e como me sentia

apesar disso se ter visto sempre no meu rosto
na minha alma


nunca tive a ternura de um amor carnal de entrega completa
sem limites...
sem julgamentos
sem dor, muita dor, sempre


nunca encontrei em ninguém
o olhar de que precisava
a palavra que me faltava
quem me entrega-se, a Luz na tormenta
que me acalma-se, nem que fosse apenas num instante,


que me disse-se


és o meu mundo
tu és eu


estou contigo 



nunca, mesmo nunca 


encontrei a companhia na minha solidão diária, na minha tortura, na minha atrocidade interior


quem, realmente, se importasse,


um segundo apenas
de saber,

o que sou ...




Analuz


























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Aquilo a que a lagarta chama fim do mundo, o homem chama borboleta.
(Richard Bach)







Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos

Raul Seixas

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