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Pare o mundo que eu quero descer ...


Raul Seixas


tentando fazer poesia
do que me arranca a Alma,
ela mesma, mesmo que seja em pranto ...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

PRESA



SINTO, como sinto, Deus meu, como sinto,

sinto que os dias que vivi, até ora

pouco me ofereceram, pouco me deram, me entregaram,

a mim, 

sinto, e busco dentro, o porque de sentir o que sinto, porque nada me resplandece

porque, desde que acordo até que me deito

a vida segue igual, sempre

busco, e não sei como fazer,

não entendo o mundo onde estou

suas regras, injustas, doridas

e aqui me sinto presa, sempre...

e no sentir

com regras, e por vezes,

sem regras, sem rumo...

sem perceber porque aqui vim

porque me sinto castigada, por algo que nem sei o porquê

que nem sei o que fiz

para merecer, ser obrigada, 

a sentir, e vivenciar, na pele, dentro

a dor, mental, a do espírito, a que mais dói

a que mais me doeu, até ora, 

e tudo que me magoa, segue magoando,

desde que me sinto gente e tenho memória, de mim..

todos os dias, iguais, mesmo que uns doiam mais que os outros, 

todos doiem, e vão me matando,

retirando-me a ilusão da liberdade

liberdade que sempre sonhei, sempre almejei

e que nunca alcançei, aqui

e porque a sinto, a reconheço, sinto atrozmente falta dela

sei que já a vivi, dentro de mim

não sei onde nem em que instantes 

por isso, sei,  

a liberdade que procuro, que me faz falta para respirar e viver

não é deste mundo!!

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Aquilo a que a lagarta chama fim do mundo, o homem chama borboleta.
(Richard Bach)







Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos

Raul Seixas

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