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Pare o mundo que eu quero descer ...


Raul Seixas


tentando fazer poesia
do que me arranca a Alma,
ela mesma, mesmo que seja em pranto ...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

fugiu de mim




A magia da vida, sinto-a perdida, nem sei mais onde ela habita


coração partido, mil bocados caídos, não me preocupando de os recolher

sombras, muitas, e medo delas, me refugio


para não sentí-las, mais uma vez,


nada me aqueçe, me retira de mim, do que sinto


nada nem ninguém, já me consegue resgatar ... eu sei

como desejo neste reino que vivo, encarcerada


sentir-me viva, apenas segundos dela


e ser, eu, que nunca fui

regojizando-me na sua plenitude


mas, e apenas, não sinto meus limites, se me afastam


e rumo, cada vez mais para o que me mata, mais um bocado


como sinto, me mata


mato-me, todos os dias. mais um bocado


deliberadamente, mas sem outra saída


por me ter desapaixonado da vida

e ela, não mais me transmitir energia, não retiro dela, nada, apenas mais um dia ...

meu coração, minha mente já não me acompanham, na alegria

neste fulo e doido jogo da vida


que apenas arrasto, quase sem forças


para conseguir ultrapassar, 

dia a dia


apenas mais um dia ...





Analuz


1 comentários:

Artes e escritas disse...

Dê uma chance para o amor que existe dentro de você e que te guia por caminhos diversos. Um abraço, Yayá.

Aquilo a que a lagarta chama fim do mundo, o homem chama borboleta.
(Richard Bach)







Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos

Raul Seixas

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