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Pare o mundo que eu quero descer ...


Raul Seixas


tentando fazer poesia
do que me arranca a Alma,
ela mesma, mesmo que seja em pranto ...

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

alma em dor





quem sou eu, apenas, ora
quem sou, já nem reconheço
nem eu mesma, sou agora

quem sou eu, Deus, sou ora
que retirastes
do ser,  toda minha venda
e me deixastes, nua e só
 nesta senda...

quem sou eu, Deus, agora
já não sinto o que sentia
as luzes da rua, brilhantes
e sua brisa
nem mais tocam
já nada sequer me embria


meus olhos já não veem
meu sabor já não sabe
meu tocar, já não sente
ouvir, já não cabe

quem sou eu, ora
quando sinto a alma ceder
dentro de um corpo que já nem é
um olhar que já nem vê

e o respirar
meu, entrecortado
vai mostrando, dentro e bravo
que a vida se esmoeçeu

e nessa angústia, atroz
que só a alma conhece
apenas num clamar meu
 só tu me reconheces



Analuz


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Aquilo a que a lagarta chama fim do mundo, o homem chama borboleta.
(Richard Bach)







Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos

Raul Seixas

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