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Pare o mundo que eu quero descer ...


Raul Seixas


tentando fazer poesia
do que me arranca a Alma,
ela mesma, mesmo que seja em pranto ...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Lágrimas




lágrimas minhas
como as sinto
de cor pérola
as travo dentro


não lhes dou vida
não lhes dou alento
não as deixo sair
não as deixo ao vento

sinto-as dentro
secando-se
e elas mesmas gritam
lutam, querem sair
querem viver, e ver fora

querem reluzir
demonstrar a sua força
mostrar ao mundo o que me dói 
 aquilo que fui outrora

e minha luta diária contra elas
porque não as quero sentir rolar na cara
não  as quero mostrar ao mundo
não  quero mostrar nada

apenas as quero sentir em mim
senti-las na minha alma
e assim as guardar dentro

porque sei
que morro, lento 
que não vivo mais

e tê-las só para mim
na alma
é o meu único contentamento

Analuz


 


2 comentários:

Patrícia Pinna disse...

Boa tarde, Analuz. Obrigada pelo seu belíssimo comentário na minha postagem "Renúncia". Fiquei muito feliz com o modo interpretativo que deu. Bom saber que a leitura dele te fez contemplar de um modo diferente as coisas.
A sua presença sempre me honra.
O seu poema é muito belo denotando uma tristeza profunda, mas um aconhego na sua própria alma.
A sua sensibilidade é o seu ponto forte.
Tenha um domingo de paz!
Beijos na alma.

Denise Rodrigues disse...

Oi ...Uma otima noite...
lindo blog...
bjs

Aquilo a que a lagarta chama fim do mundo, o homem chama borboleta.
(Richard Bach)







Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos

Raul Seixas

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