TU, o teu
escolhido entre muitos
neste mundo insipido e sem sabor
TU
escolhido
numa imensidão aparecida, que se apaivorava em frente, sem parar
Tu que se me apresentastes como único
como no meu carrosel imaginado
que me levava e rodopiava, segundo a segundo, em vida
Tu
que eu queria, imaginava, sonhava ...
que fosses assim, apenas, como eu queria
mas, eu sei
agora Sei
nada somos para quem não sangue é
nada sentimos, quando em Vida
mesmo que digamos amar e acompanhar
se a vida assim não é sentida
por quem escolhemos
para morrer, juntos, até ao fim deste macabro caminho
e o outro se nos mostra, fugaz ...
buscando, prazeres, que não foram dados
quando ternuras não conseguidas e queridas
lhes fez ver que o mundo escasseia em tempo
quando tudo que querias não te foi dado
e que a vida, veloz se vai
buscas TU, escolhido
outra vida
outras luxúrias e encantos
outros prazeres, que em ti já esmoreciam e
vão desaparecendo, com o tempo ...
não tentando compreender
sequer, saber, quem é verdadeiramente
aquela que em Vida te escolheu
para os seus últimos dias
contigo compartilhar
e viver esta macabra via
e contigo, aprendendo
e vir a saber,
que o nosso final de caminho, mesmo com companhia já escolhida
vai sempre ser, irremediavelmente, só,
como foi aquela
a entrada nesta Vida
Analuz