fujo, fujo, fujo, e derrotada, estaco ...
não consigo separar-me, desapegar-me mesmo que fuja, de mim mesma,
na fuga, reconheço, com dor, a ilusão da vida, daquilo que vivo,
todas as noites, na escuridão, prego dentro, clamo, no intuito da dor fugir de mim
quando tento manter os olhos abertos, contradizendo ferozmente o seu fechar
mas ela permanece, quando,
na redenção do sono fecho os olhos, de dor
e acordo, e sinto-a, primeiro que tudo, latejando,
não foi embora, não ficou nos sonhos onde outra vez a senti,
onde viveu, solta, sem controlo, sem rumo,
e mais um dia de luz, lá fora, que me magoa, mata minha retina, encolhida na escuridão que me vai dentro
e, mais uma vez, sem forças, e em dor, percorro mais um espaço de tempo
empurrada, obrigada, e na esperança que chegue a noite, para, tentar conseguir
manter os olhos abertos, contra mim mesma, fatigada ...
e não cair, de novo, no sono de dor que me irá trasportar, novamente,
ao dia de luz, que me faz lutar contra ele, brutalmente, e
com todas as minhas forças, fugir, mais uma vez
sem sair do mesmo lugar que não de mim mesma ...
Analuz
2 comentários:
Texto belo. Profundo. Aonde você está, amiga? Acostumei com o seu ombro. Sobreviva. E visite-me. Sempre. Por favor. Fica com Deus.
byClaudioCHS - http://progcomdoisneuronios.blogspot.com
Vou estar orando para você se recuperar logo desta cirurgia que relatou e para que dê tudo certo. Fique bem, ok? Valeu. Fica com Deus.
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