quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Lágrimas
lágrimas minhas
como as sinto
de cor pérola
as travo dentro
não lhes dou vida
não lhes dou alento
não as deixo sair
não as deixo ao vento
sinto-as dentro
secando-se
e elas mesmas gritam
lutam, querem sair
querem viver, e ver fora
querem reluzir
demonstrar a sua força
mostrar ao mundo o que me dói
aquilo que fui outrora
e minha luta diária contra elas
porque não as quero sentir rolar na cara
não as quero mostrar ao mundo
não quero mostrar nada
apenas as quero sentir em mim
senti-las na minha alma
e assim as guardar dentro
porque sei
que morro, lento
que não vivo mais
e tê-las só para mim
na alma
é o meu único contentamento
Analuz
Publicada por ANALUZ à(s) 15:59
Etiquetas: divagações
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Aquilo a que a lagarta chama fim do mundo, o homem chama borboleta.
(Richard Bach)
Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos
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2 comentários:
Boa tarde, Analuz. Obrigada pelo seu belíssimo comentário na minha postagem "Renúncia". Fiquei muito feliz com o modo interpretativo que deu. Bom saber que a leitura dele te fez contemplar de um modo diferente as coisas.
A sua presença sempre me honra.
O seu poema é muito belo denotando uma tristeza profunda, mas um aconhego na sua própria alma.
A sua sensibilidade é o seu ponto forte.
Tenha um domingo de paz!
Beijos na alma.
Oi ...Uma otima noite...
lindo blog...
bjs
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