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Pare o mundo que eu quero descer ...


Raul Seixas


tentando fazer poesia
do que me arranca a Alma,
ela mesma, mesmo que seja em pranto ...

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Direitos



ninguém tem direito,

maltratar, no gesto, trazer tormento
roubar liberdade de alguém, igual à que grita dentro,
criticar, em seu proveito, cego de si

ninguém tem direito

violar o sentimento, rasgar a alma
apedrejar coração de alguém, para no seu sentir calma
matar, num segundo, crucificando dentro

 ninguém tem direito

tirar vida, de alguém, num fugaz, eterno? momento
sentindo-se rei, vil, sem rancor, leve
não sabendo, um dia, o que lhe traz o vento,

terça-feira, 27 de abril de 2010

ESVOAÇANDO



Há dias que bate uma tristeza na alma,



tudo vem, tudo se recorda, tudo estremece dentro,


penso e penso, que sou, que tenho feito, que perdi ou tou perdendo, que sinto dentro de mim,


que grito calando!! não me ouço, como posso? não me ouço e raramente me ouvi, o que me grita a alma, o que me pede, o que me suplica, o que me diz, e,


e eu, que faço, que fiz, busco e busco e não encontro, procuro o quê?, a mim mesma, aos outros, a quem?


suplico no meu interior o sentido da vida, minha? dos outros, de alguém! arrasto-me rastejando sem forças, sem limites, sem sentido, sem ninguém! comigo? Sem mim!! porquê??


sonho voando, leve, sem fronteiras, alcançando e alcançando, acordo e caio, caio sempre, mais uma vez, assim, repetidamente, sem fim, perdida me sinto, sempre, sempre,


vezes quase alcanço, mas foge, deixo fugir, escapa-me, liberto? aprisiono sim, aprisiono-me à vida e a vida a mim!!


olho à volta, olho e que vejo, tempo perdido, tempo no fim, pouco tempo, e torno a gritar, e, e mais uma vez calo, calo dentro!


o grito rasga, quebrando, e sinto-me, sinto-me bulir, não adianto, não caminho, por mim, apenas por mim,


e sigo, mais um passo, mais um dia, e outro, e outro e segue assim, e não me ouço, não a mim!! há dias que bate uma tristeza na alma!!

PARA TI

PARA A MULHER QUE ME DEU A HONRA DE SER SUA FILHA NESTA VIDA




... sinto, lágrimas rolando, quentes, humidas, a cair,



transportando pensamentos que querem fugir da mente que recorda, transborda de saudades de ti, tu,



luz frágil, temerosa, triste sem fim, pesarosa, mártir da vida que te abandonou e te fez desistir, desistir sem força mais para lutar, para sorrir, para cantar e seguir nesse caminho da vida,



sorrias, apenas, não rias, não havia alegria em ti, sentia-te criança, procurando refugio, carinho, amor, que nunca te deram, fingiram, negaram deliberadamente, e te minaram a alma, que por si só desistiu, e não te avisou, apanhou-te de surpresa, a todos, a mim,



e cada dia te via partir, mais e mais, a tua luz apagando-se, aos poucos, fazendo-me sentir a dor da minha impotência, e chorava baixinho para não ouvires,



por ti, sofria, sofro, não sei de ti, para onde fostes quando a luz se apagou e os anjos te elevaram, e morri,



contigo, parte de mim, e sonho desde então voar, voar alto para te encontrar e te apertar e dizer tudo aquilo que não te disse, tudo aquilo que queria ouvir, e sentir,tudo aquilo que só, apenas, contigo sentia,



sem ti, continuo, assim, perdida na vida, buscando desesperadamente a chave para abrir a porta que se fechou, nos separou, e procurando um sinal de ti, qualquer sinal que me diga que não te perdi para sempre ... e, e na busca, vou sentindo lágrimas rolando, quentes, humidas a cair ....

domingo, 25 de abril de 2010

ÉS



és um pouco daquilo que queria, mais daquilo que não quero, mas sigo aqui, dia após dia, contigo? apenas, sempre, sempre, sem ti!,

porque não encontro aquilo que quero, fujo, a cada dia, cada momento, em cada acto e pensamento,

na luta interior que travo, nasce dor e tormento, por vezes amor sem fim, mas foge como o fumo ao vento, e mais uma vez enfrento, tudo aquilo que nunca quiz!

e vejo o tempo correr, e choro,  mais uma vez,  por não ter coragem de seguir, seguir a verdade que grita, soa alto, e que calo, não quero, não ouso ouvir,

mas e neste tormento, dou-te asas para sonhar, e sonhas alto, feliz, mas continuas a não pensar, sequer querer saber, se sofro, ou estou morrendo, por não seres aquilo que sempre quiz

sexta-feira, 23 de abril de 2010

VIDA

Vida, quem  és tu,

porque me fostes buscar, me trouxestes até ti, sem eu mesma ter pedido, a existência, não recordo de o fazer,
porque entras em mim e fazes-me seguir-te, sem escolha de qualquer outro caminho? sem prever,

pulsas em mim e sinto-te dentro, não sei quem és, nem como és, não te revelas, só sei que a ti pertenço, vida, até ao meu fim, até ao último momento!

não sei, por vezes, se eu sou tua, ou tu és minha, vida, se sou tua escrava, ou rainha,  não sei, busco continuamente um significado, um sentido, sem parar, desde que até a ti vim,

e que encontro? não encontro, nada, não te encontro, sinto-te apenas, dentro, no ar que respiro, nas minhas veias, sem descanso, dia após dia, vida, a latejar, em mim,

e porquê vida, repleta de segredos, como por magia, assim és, e um dia, perplexidade, e outro, um vazio,sem desfecho,

e fico, assim, vida, à espera do desenlace para ficar sabendo quem és, vida, se eu sou tua, ou tu és minha...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

EU SOU



Eu sou
sinto que sou, alma,

sinto dentro, em mim, um latejar, que me eleva, alto, tão alto, me resgata de tudo, e me provoca um júbilo e alegria sem fim,

mas caio,

depressa caio, sempre caio e deixo, quase,
de sentir quem sou,

e volto, mais uma vez a borbulhar em emoções, dispares, vão e vêem, constantemente como ondas num mar, por vezes agitado, desinquieto, exaltado,que me querem fazer negar aquilo que sinto que sou,

sou mais do que aquilo que penso, que vejo, que ouço, que me fazem ser, querer, mas foge, sempre foge,

e na busca sigo envolta em emoções, geradas por vãos pensamentos que desorientam,  me afastam de mim, que batucam, perseguem, ordenando-me que negue, 

e, sempre sem descanso, caio, levanto, e encontro forças mais uma vez, para seguir neste caminho em busca da certeza , sempre, daquilo que realmente sou,alma

Aquilo a que a lagarta chama fim do mundo, o homem chama borboleta.
(Richard Bach)







Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos

Raul Seixas

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