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Pare o mundo que eu quero descer ...


Raul Seixas


tentando fazer poesia
do que me arranca a Alma,
ela mesma, mesmo que seja em pranto ...

domingo, 31 de julho de 2011

eu



e continuo a procura ...

Na busca me perdi




perdi-me


algures no caminho, perdi-me


e sei,  foi muito tempo atrás, bem atrás,


quando, por algum tempo, me senti ser, eu, mesma eu


e voava, me sentia mulher, como uma flor, a desabrochar cada segundo que passava


e ora, eu sei


perdi-me, porque quiz, perder-me ...


para perdida, me encontrar, outra vez, mas renovada


só que no caminho de me perder, perdi-me


e não contava com isso, pois pensava que perdendo-me  deliberadamente


me encontraria quando quisesse ....


e, ora perdida, busco o caminho, a senda que trilhei tempos atrás


e não a encontro


perdida me sinto, e busco, segundo a segundo


a saída que que  me retire da perdição que busquei, que quiz


deliberadamente


e as coisas que não sabia de mim,


vim a sabê-las no caminho onde me perdi

e que gostei, e não gostei, principalmente não gostei ...


e não sei se consigo suportar mais um dia


na busca do caminho que antes percorri, que me fazia ser eu, mulher

e sigo, sempre, na busca dessa trilha, que já trilhei


e que me  leve  encontrar-me  a mim mesma

para ser, voltar a ser, 


quem realmente sou...

e tenho medo, deveras tenho medo


de não me voltar a reecontrar


e voltar a ser eu ...




ANALUZ





quinta-feira, 28 de julho de 2011

Mais




mais um dia passado, na conta que começou bem atrás


mais um sentir igual aos outros, com apenas diferenças


mais um aprendizado sem logros


mais um sentir irregular, de altos e muitos baixos


mais um revoar por pensamentos que se repetem


mais uma procura, infinita, em  mim, de um alcançar, inalcançado


mais  um questionar interno sem respostas

mais um sentir de inadequação


mais um viver sem magia


como minha alma almeja, segundo a segundo,


mais um cigarro apagado, mais uma bebida tragada,

usados como tentativa de fuga atroz, de mim mesma

mais um desesperar de mudança que não se realiza


apenas... mais um dia ...



Analuz

terça-feira, 26 de julho de 2011

Lágrimas ocultas


Lagrimas ocultas


Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era q'rida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...


E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das Primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!


E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...


E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim! 
 
 
FLORBELA ESPANCA

domingo, 24 de julho de 2011

Porque és ..







e te sinto tão frágil


tão inocente, na vida


os teus sonhos são palácios, cheios de luz


como até ora não vi, em ninguém,


e sinto-os como sinto-os, quase meus, tão perto do que sinto, do que sempre senti


dos sonhos meus que são também palácios, neste mundo que estamos


cheio de ruínas,


e sinto-te, frágil, com medo, de tudo, de todos


mas com uma força  nascendo para ultrapassar tudo que te acorrenta

como que crescendo, meu pequenino, que eras, que és


indignado pelo que vês, pelo que os outros sentem e demonstram


e como um pássaro gozando o voo te vejo querer alcançar


como num passo de mágica,


todos os teus sonhos, o mundo que almejas


desde que nascestes


e contigo, sempre, voando, te acompanho nesses sonhos


porque o que mais quero


neste mundo, na alma, sempre


é ver-te voar ...

quinta-feira, 21 de julho de 2011


terça-feira, 19 de julho de 2011

Para Deus, meu Deus... sempre



e hoje, vai para ti


esta mensagem


já que a ti não consigo chegar, por muito que brade e clame, dentro


e pela manhã, quando acordo, sem forças, sem vontade alguma de seguir, 

eu sei ...

és tu que me dás o alento que preciso


eu sinto, és tu


e nesse sentir,  lanço-me a mais um dia de vida rotineira


mas sempre na esperança de que algo aconteça de espectacular durante o dia

que me mostre quem és e que aqui estás, junto a mim


e mais um dia passa, igual, igual a todos os outros, semprre


e não vejo, nem te encontro,


nem a tua beleza, como a imagino, 


como uma luz extraordinária que encadeia  tudo e todos  mas que me enche de vida ... infinita

como quando junto de ti estava

e espero, segundo a segundo, e a ti suplico, tu sabes, só tu, como suplico


encontrar-te, nem que seja só por segundos, aqui onde estou presa, e te sentir,


como sempre te senti...


e que agora tua falta me mata por dentro, na alma que chora


na ansia de te sentir perto de mim, mais uma vez ...


e poder voar, como sei que voei, à tua roda, 


engrandeçendo-te, 


e agradeçendo teu amor, por mim, por todos, por tudo


tão simples e tão singelo, como o mais puro que possa existir, não aqui onde estou embarcada


mas apenas no teu mundo, 


onde sempre o senti....


e mais uma vez, aqui suplico

e espero a hora, derradeira hora, derradeira apenas qui sentida, pelos outros que cá ficam , sem mim

que me leves, enleves. me recolhas, mais uma vez ...


no teu berço e abraço,

para poder voltar, mais uma vez 


a te sentir em mim....


e a tornar, mais uma vez a te chamar


meu Pai

segunda-feira, 18 de julho de 2011

revolta



revoltada, e com dor, dentro, choro, 


e em cada lágrima, sinto-me,


revoltada comigo mesma, desde sempre, desde que me conheço, de pequenina,


revoltada, por sentir assim, como me sinto

sempre desiludida com o que se me apresenta


com o que vejo neste mundo que até ora vivi, 

e penso, deliro 


talvez acertando


que aqui estou porque quiz


porque decidi algures, num outro tempo que reconheço


mas não conheço, aqui, onde me encontro


e procuro no silêncio


algo que me diga, que faço aqui, porque vim


se não me lembro,


da força que senti para aqui abarcar


para desejar isto tudo, que até ora vivi


e peço a alguém a algo que não conheço, e chamo Deus


que me levante, me leve


deste mundo, porque aqui não sou


não consegui ficar em pé nas montanhas 


e navegar nos mares revoltados da vida 

e que não me deixa ser eu, apenas ...

a pequenina luz que buscou fora


e agora dentro,

e sentir minha alma abatida, 


e meu coração cansado 


e as preocupações surgem 


e me retiram de mim, 


de tudo aquilo que possa um dia ser, ter sido, e não consegui, 


aqui, onde me encontro,


e me falta as forças


para almejar o que um dia, em seu tempo


decidi ... alcançar, quando aqui vim ...

Um último ADEUS escrito para vocês ...



pelos que foram, que eram meus, só meus,


partiram desta prisão,

se libertaramm e não sei onde estão ...


para aqueles que me foram próximos muito próximos, eram eu ...

que me deram a vida

vi-os partir, e compartilhei a sua dor, segundo a segundo... como se fosse minha


era minha, porque sentia que os perdia, mesmo na ilusão e rogando vorazmente a um Deus que não conheço, nem sei o que ele é

para curá-los, como num passe de mágica, um milagre que lhe gritava


que o realizasse em segundos


para lhes retirar a dor que eles sentiam, antes de partir,

para lhes pode aliviar, a agonia, quando, 


se sentiam ir, deixando-nos aqui, sózinhos,


e isso, eu sentia, dentro deles, lhes matava a alma, mais que a própria dor física sentida


e, ela mo mostrou, a mim, a todos que aqui ficámos e eramos bocadinhos dela


mesmo insconsciente, por momentos, uma lágrima caiu do seu rosto, aos nos despedir-mos, todos juntos, dela,

e eu, particularmente, gritei, gritei dentro, 

... não vás, não me abandones, não tenho forças sem ti...


e minha alma em sofrimento te viu partir


não sei para onde, mamy, não sei ...


e desde esse dia, que me despedi de ti com uma rosa escarlate no teu último leito, aqui, e te beijei, 


meu último beijo, sentindo-te já fria,


levastes contigo um bocado da minha alma


que ainda procuro por ela, aqui, sem ti ....






 e a ti, papy


que te fostes rápidamente, sem avisar


que te vi, agoniar, por dentro, porque sentias que ias, e não mais me vias


e pensavas, perderias tudo que sempre amastes, a todos eles, partes de ti, que foram teus, e que magoastes, agora sei, sem saber, sem querer, 

a pequenina,

o teu único filho homem,

a do meio, eu

e áquela que sempre te quiz tanto, e por isso te enfrentou, sempre, para dessa forma fazer-te ver que de ti precisava, do teu amor, tanto ... e mais que tudo ...

e nos últimos instantes 


quando te acompanhei na ambulância que te levou, para a morte


e nesse momento, sem quase conseguires falar, no olhar me dissestes tudo

o teu pedido de perdão, para nós, eu senti ... a tua aflição,


e nesse momento te perdi


quando te voltei a ver, por instantes, últimos, inconsciente, já sem esperanças


abristes os teus olhos, e murmurates algo que não percebi, em tua voz


apesar de ter compreendido tudo no teu forte apertar na minha mão

e, no último beijo que te dei, 







e, cada segundo que das vossas partidas passaram


sinto dentro que, sem vocês, pouco sei viver

porque vocês eram juntos

a minha vontade de viver ... aqui



domingo, 17 de julho de 2011

espectacular




sentes?

sentes dentro, no fundo de ti quem és?

sentes, que a tua realidade, por vezes, não é a realidade de quem te rodeia

faz parte da tua?

sentes, consegues sentir, vislumbrar, a maravilha de quem és?

as tuas experiência na vida, só tuas, irrepetíveis,

o que tu vês, em cada instante, na tua realidade, só tu vês?

que neste momento, se olhares para o que te rodeia, só tu o estás vendo, assim?? dessa forma??

sentes, que o teu mundo não é o do outro,

que a tua mente não acompanha, segundo a segundo a mente do outro?

que ela navega por mares só teus?

e vives,

num mundo que só a ti pertence, mesmo que estejas rodeado por todos

e que é só teu, és só tu?

que quando choras, ou ris, porque  o sentes dentro, és só tu que o fazes, 

e que eles estão aí, apenas, para te fazer sentir, viva (o),

para conseguires, tu, apenas te localizar, nas experiências que trocas com eles

saber, reconhecer o que vai dentro de ti, que não reconhecestes ainda ....

porque apenas existe tu, eu, e todos, em cada seu mundo particular....

sendo só um, em cada experiência de vida,

mas acompanhados  pelo outros, para te conheceres, e confrontados com suas verdades,

descobrires ou reconheceres a tua?

e vires a saber quem realmente és, um ser espectacular, que se procura, sempre

e na companhia, nas vivências com o outro, se reencontrar, a si mesmo?

entendes, sentes, como eu sinto?

que estamos realizando um sonho de querer aperfeiçoar-nos até à exaustão, mas que para isso

ter que viver nosso mundo, com todas as dores, alegrias, e viveres

compartilhando,

para sentir e acreditar,
e aos poucos, acordar  para quem tu realmente és, espectacular ... sempre

que apenas somos só um, na busca do mesmo caminho

o caminho da ALMA?

sentes, sentes como eu sinto, assim??

FUGINDO




anestesiada


anestesiada compreendo melhor o mundo que me rodeia


que não quando estou lúcida


anestesiada, vivo, por apenas intantes, e minha alma se eleva, como se eleva, e sente ...


me faz sentir acordada, quando quase sempre me sinto querer adormecer


para não sentir, aquilo que a vida me traz, me tem trazido, em sentimentos....

para não sentir a vida, que me acorrenta, em viveres,


que minha alma tem sentido, chorando, revoltada, por não entender


o porque do sofrer ...


porque a vida nos faz sentir assim,


e na busca constante  de quem sou, me transporta por caminhos lugúbres


que me dão vontade de desistir!!


mas anestesiada, mesmo que ninguém  o compreenda, me compreenda,

chego a sentir quem sou, a minha alma, e me retiro desta ilusão em que estou  acorrentada,

logrando viver, por instantes, aqui, e ser eu, apenas, eu ...


e seguir,

conseguir viver mais um dia


mesmo que apenas consiga sentir esse dia, anestesiada ...

sábado, 16 de julho de 2011

Hoje no passado




hoje,

um ano atrás, estava sentindo uma dor na alma não antes sentida

não por outros, por alguém, mas por mim, só por mim

e no meio dessa dor, quase perdida, me questionava no meio das minhas lágrimas

da dor que sentia, mais por dentro que por fora

apesar das feridas fora parecerem maiores que as de dentro ...

o porquê da vida me fazer passar por momentos que me fizeram quase desistir

desistir de tudo, de tudo aquilo que tentei alcançar desde pequenina

e naquele momento que perdi os sentidos, por instantes vi ...

a vida passar, as pessoas que perdi, perto de mim,

a dar-me força, como a encorajar-me e a dizer-me para não desistir

para não continuar pedindo dentro partir ...

para não mais sentir, o que sentia dentro

e fazendo-me sentir como anestesiada quase sem conseguir pensar

me fecharam os olhos inchados de tanto chorar

e me embalaram até dormir

quando já o dia amanhecia e já não mais tinha forças para lutar

e hoje, entendo

a dor ensina, a ser melhor daquilo que antes dela já eras

e a compreender, que ela mesma é um caminho que te leva

ao teu mundo dentro, e a pensar, repensar, e ponderar, o que és, o que queres, realmente queres ...

e se a sentes dentro, torturando-te,

como um sinal se monstra que tens de mudar algo

que te tem estado liquidando dentro e não querias ver

mas e, até ora, sigo buscando na minha alma

o porquê da dor me fazer aprender

o que não aprendo sem ela ...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Anjo caído me sinto





E a Vida se me tem  apresentado assim...

desejos... irrealizados...

sonhos quebrados...

angústias, medos, preocupações, obsessões, dores... e que dores... da alma, do fundo do meu ser, e continuo assim sentindo, desde que tenho memória de ser gente...

como um Anjo caído....

ela me ofertou assim, e tantas, tantas vezes, me sinto, sempre, sem escolhas, rumos, ou decisões válidas, sem forças, coragem, para decidir, ou mesmo acabar com tudo aqulo que me corrói, me mata, me dói, dentro!!

saudade de gente que foi minha gente, e já não é, foi-me arrebatada, arrancada, de mim, dilacerando na alma, no ser, e gente que é, minha gente, mas que me faz sofrer, desiludir, arrepender...

evidentemente, evidentemente, penso que teria de ser assim, desde criança, sentir assim, passar assim, porque se me monstra que cada caminho meu só eu o contruo, só eu o delimito, e se sou anjo caído,

pergunto-me, constantemente, onde me perdi, onde desregrei a minha senda, onde trespassei o céu para o inferno, da alma....

porque escolhi, este caminho negro, azul escuro, cinzento, porque as cores vivas lá fora, de mim, não me aqueçem, não me dão esperança, não me socorrem?

e porque me sinto, sem fronteiras, sem portas para trespassar, para abrir e encontrar do lado de lá a Luz de que tanto preciso....!!! e que tanto tenho procurado !!

e porque a Vida se me apresenta assim... dia a dia, hora a hora, minuto a minuto, vou, como ela quer, percorrendo-a como que empurrada para mais um dia ...

contínuo na busca incessante, sempre, de encontrar a Luz de que tanto preciso, por dentro preciso ... para ser novamente, ... um Anjo de Luz !!!!


Analuz

Num instante de magia



sentindo o vento fresco no rosto

como ora estou sentido,

sentindo o barulho do mar, bravo, na noite, que ressoa lá longe

sentir o cheiro das flores e ver as árvores, frente a mim e que minha visão abarca

agora, neste instante que vivo, neste momento exacto

a lua, que está cheia e reluz e me chama a ela como sempre chamou, sem eu saber porquê

com a sua sensualidade e mistério que sempre me fascinou

com a sua energia extrema

que sinto mesmo sem a olhar directamente

o céu estrelado, mostrando-me, indicando-me que

o que penso como limitado, não o é ...

as luzes, humanas, que reluzem frente a mim em candeeiros velhos

mas que iluminam ainda mais a imensidão das coisas que me fascinam

e tudo isso, em conjunto, simplesmente me demonstra

que aquilo que eu sinto como morto e que não me ilude, nada ...

afinal está vivo e que eu faço parte dele

desse mundo espectacular em que me encontro

e que sinto, por momentos, fugazes momentos, e como que por magia

vem ter ate mim ....

PRESA



SINTO, como sinto, Deus meu, como sinto,

sinto que os dias que vivi, até ora

pouco me ofereceram, pouco me deram, me entregaram,

a mim, 

sinto, e busco dentro, o porque de sentir o que sinto, porque nada me resplandece

porque, desde que acordo até que me deito

a vida segue igual, sempre

busco, e não sei como fazer,

não entendo o mundo onde estou

suas regras, injustas, doridas

e aqui me sinto presa, sempre...

e no sentir

com regras, e por vezes,

sem regras, sem rumo...

sem perceber porque aqui vim

porque me sinto castigada, por algo que nem sei o porquê

que nem sei o que fiz

para merecer, ser obrigada, 

a sentir, e vivenciar, na pele, dentro

a dor, mental, a do espírito, a que mais dói

a que mais me doeu, até ora, 

e tudo que me magoa, segue magoando,

desde que me sinto gente e tenho memória, de mim..

todos os dias, iguais, mesmo que uns doiam mais que os outros, 

todos doiem, e vão me matando,

retirando-me a ilusão da liberdade

liberdade que sempre sonhei, sempre almejei

e que nunca alcançei, aqui

e porque a sinto, a reconheço, sinto atrozmente falta dela

sei que já a vivi, dentro de mim

não sei onde nem em que instantes 

por isso, sei,  

a liberdade que procuro, que me faz falta para respirar e viver

não é deste mundo!!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

minha LUZ



acredito

como acredito ...


num mundo onde a Luz prevalece, sempre ...


acredito que essa Luz me acompanha, mesmo que eu a busque fora e dentro e não a encontre


que me faz sentir a sua  ausência. constantemente, em cada milésima de segundo que vivo


que a reconheço em apenas um fechar de olhos, num respirar mais profundo, num raro momento de paz interna


e porque a sinto, dentro, e não a encontro aqui onde vivo ora, 


sinto-me desnorteada. cada dia que passa, na sua falta, atroz


e busco, infinitamente em tudo o que me rodeia, em tudo que se me apresenta, 

na sabedoria da alma

nos olhares que encontro,


no que sinto dentro,

para que algo me diga,  onde a perdi ... e a possa reencontrar

e encontrando-a, confrontá-la cara a  cara

para lhe questionar frontalmente porque aqui me abandonou

porque onde me encontro, está a tornar-se frio


sem ela ....



sábado, 9 de julho de 2011

CHILITA




mana

que já te sentia tão longe, sempre, quase serm sentir

não te sentia, e sofria

porque achava, pensava, que não te podia alcançar no teu mundo

no mundo que vivias, e apartavas, tudo e todos de ti

e nós, eu, sei, sempre fomos diferentes

e os diferentes são apontados, sempre, e tinhas medo disso

e perdida te via, te sentia

porque nunca deixastes de ser minha pequenina

a pequenina de todos

mas sei, 

sentias, eu sei, à parte, porque a vida assim quiz, assim o fez

mas, agora sabes,

e com isso regojizo, que tinhas que o passar, sentir

sem nós

para alcançares quem és agora, e te tornares,

quem tu sempre fostes, e já não recordas


a nossa pequenina,

mas a mais valente

a nossa mana ...

chilita !!

Não sentir, sentindo







sentir


sentir sempre...


sem sentir, por quase nada sinto


que me eleve, me alcançe, no fundo, dentro


sentir, sem sentir


porque o que sinto é tão igual, sempre


que já não te considero, sentir, em mim.


sentir


porque vivo sentindo


sentindo, apenas aquilo que não quero sentir


mas sinto, sempre, como encarcerada em mim, sem sentir


aquilo que em sonho e imaginação


sinto...


e no sentir, de sentir aquilo que que sinto e não quero sentir


vou sentindo, apenas


que aqui, não sinto


apenas, vivo ...

Onde estás




alma

quem és, que te sinto dentro, e não te conheço cara a cara

alma quem és

porque desejas o distinto de mim em vida

sinto que percorres um caminho que não o que aqui sigo

mas te sinto, dentro, ser, em mim

e as decisões que tomo, por vezes não as queres

bradas com força, dentro, zangada

porque não te senti

e se te senti, não te segui

o que almejavas para mim, para ti que sou eu

alma,

se segues comigo, e me pertences porque não me recolhes

e me mostras o teu mundo, de luz, o teu caminho

que me foi vedado nesta vida, aqui

sendo apenas tua sombra

e comigo, voltemos a ser só uma ....

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sendo, simplesmente



 


"Porque havemos de despresar e odiar uns aos outros no mundo há espaço para todos"

"Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontram todos os segredos, inclusive o da felicidade. "

"No final das contas, tudo é uma piada. "

"Todos somos aficcionados. A vida é tão curta que não dá para mais. "

"A vida não é significado; a vida é desejo. "

"O verdadeiro significado das coisas se encontra na capacidade de dizer as mesmas coisas com outras palavras."

"O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar. "

"Através do humor vemos no que parece racional, o irracional; no que parece importante, o insignificante. Ele também desperta o nosso sentido de sobrevivência e preserva a nossa saúde mental. "

"Se o que você está fazendo for engraçado, não há necessidade de ser engraçado para fazê-lo. "

"Num filme o que importa não é a realidade, mas o que dela possa extrair a imaginação. "

"O tempo é o melhor autor - sempre encontra um final perfeito. "

"Há uma coisa tão inevitável quanto a morte: a vida. "

"A vida é maravilhosa se não se tem medo dela. "

"O som aniquila a grande beleza do silêncio. "

"A vida deixou de ser uma anedota para mim; não lhe acho graça. "

"Não preciso me drogar para ser um gênio; Não preciso ser um gênio para ser humano; Mas preciso do seu sorriso para ser feliz."

"Amo as mulheres, mas não as admiro."

"Tudo que preciso para fazer uma comédia é um parque, um policial e uma menina bonita. "

"Não é a realidade que conta num filme mas o que a imaginação pode fazer."

"Posso imaginar que o mais triste é habituar-se ao luxo. "

"É saudável rir das coisas mais sinistras da vida, inclusive da morte. O riso é um tônico, um alívio, uma pausa que permite atenuar a dor. "

"Cada dia que passa sem um riso é um dia perdido. "

[ Charles Chaplin ]

Verdades

No Olhar

Rogando



orando

sempre orando, no íntimo

orando para um novo amanhecer

para, poder ver, sentir, também o anoitecer

e viver, dentro, os dois

orando,

para encontrar-me a mim mesma aqui onde me encontro

que até ora não encontrei

e oro, sempre

porque assim me ensinaram

mas tendo aprendido outro orar além desse

no caminho da vida que percorri até hoje

oro, dentro, sempre

para sentir, o frenesim na alma que senpre procurei e não encontrei, nunca

aqui, onde me encontro!!

que sinto dentro, como meu, mas não o encontro, aqui

e orando, lanço minha alma ao céu

e brado, como brado

para que me seja dada uma resposta

para que possa compreender, de vez

para que preciso orar

para entender o que me vai na alma

e poder sequir, aqui, vivendo ...


Analuz

Divagação interior




que quero eu !!

será que o que quero, não quero?

e o que não quero, quero?

e o que sempre quiz, já nada me diz?

e que quero eu?

ser querida ou não

e porque se quero, me refugio

e não me deixo querer?

que está dentro de mim que marca tanto

que me confunde

no querer e não querer

não quero, e como quero

viver num vai-vem

num trapézio

que me atraiçoa, neste querer

não me deixa querer, querendo

e me deixa num mar enebriante de quereres que não quero

que instantes depois, quero !!

porque, assim, vivendo num mar ondulante desses quereres

para mim

para os outros, que amo

sigo um caminho que não quero, querendo

e que mais uma vez, não quero!!

e que quero eu?

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sem ti




porque me baralhas

porque me dizes, te quero, és minha alma

sem ti, não vivo...

e... dia depois

contradizes, baralhando-me, a alma, a mim?...

quando dizes que sou teu mundo

e depois, pouco depois me demonstras o contrário

porque me deixas neste mar de dor, por momentos, e depois me retiras dele

com um simples beijo que me faz reviver?

e esqueçer o choro, a dor que senti, que me matou, nesses instantes, longos ....

quando me dissestes o contrário

assim me fazes viver, acrescentando esta dor no vai-vem

que já sinto dentro sem ti ...

e quando, cansada, desiludida, e já sem forças, recorro ao teu ombro

só num teu olhar, me fazes viver, sabendo que estás comigo, na luta

me matas dentro, com apenas uma frase

em instantes,

te contradizes, baralhando-me, a alma?...

e me dizes

valerá apena seguir juntos?

eu sem ti e tu sem mim ...

caramba, porque me baralhas, e me matas mais um pouco

da morte que já sinto dentro.... sem ti!!

meu mundo





num mundo de fantasia, vivo


entreguei-me,


e a ele vou todos os dias....


num mundo de fantasia em que ninguém me alcança


ninguém me maltrata, niguém me fere, ninguém de desilude ...


e nele, vivo ....


num mundo de fantasia vivo, e nele


sou eu, sem ninguém me dizer o contrário


entrego-me a ele de corpo e alma e sou


livre, nos poucos momentos que lá estou, permaneço nele ...


e aí quem eu quero não me diz que não me quer


e não pede que me vá embora ...


o que quero, não me é demonstrado como o que não quero


o que almejo, sempre almejei


é realizado, em segundos, instantes


e aqueles que me dou de corpo e alma, não me magoam, não me deiludem.... mais uma vez


e nesse mundo de fantasia, vivo,


como nunca vivi, aqui onde estou encarcerada, sem poder ser eu,


e nele sinto ... a paz, alegria, serenidade, paixão,


e sinto que sou como sou, sem limites, sem imposições,


onde os sonhos me acompanham


os  seus  personagens são aí minha companhia


nesse mundo de fantasia ...


nesse mundo que me faz sentir realmente viva, sempre


e nele como um anjo


voando, sentindo o vento, a chuva, o cheiro do mar, como parte de mim


me fazem viver, mais um dia, quando aqui aterro


mais uma vez, aqui


onde sinto-me encarcerada,


não sou amada


e ninguém me quer


como nesse mundo de fantasia ...


Analuz

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Penso







desistir


desistir, das minhas escolhas,


desistir daquilo que até ora vivi e escolhi, para mim


porque a vida que vivo eu a fiz, com elas, 


e já não as sinto, minhas ...


porque o dia tornou-se frio


e já nada me aquece


porque não me compreendem e lutam contra mim


fazendo-me apenas querer desistir 


delas mesmas ...


e porque fazem os meus dias ficarem escuros


além da escuridão que sinto dentro, sempre ...


porque, tendo procurado, toda uma vida


apenas encontro muros para saltar e já não tenho forças


e não encontrei ninguém que me mantivesse quente


no seu abraçar, no carinho que tanto preciso


e porque as chances já não as almejo


de ninguém que me rodeia


que me abrace apertado e me faça querer seguir


penso em desistir,


desistir das minhas escolhas, 


de  fazê-las valer, elas mesmas


porque já nada sinto dentro


porque já não sei se lhes pertenço    


desistir


será a única escolha que me resta ...

para serenar este frio que sinto dentro


Analuz

sonhando em vida




vivo em sonhos

e ninguém o sabe, ninguém sabe disso!

vivo de sonhos, desde  o meu acordar, passo a passo, no dia a dia

até que me entrego à noite e adormeço, sonhando

e nesses sonhos consigo ser eu

como realmente sou, e ninguém me conhece ...

e como vivo, dentro deles,

num voar no céu estrelado sózinha

rodopio e rodopio, e elevo-me no ar

sentindo-me luz, sentindo-me fada, 

sentindo-me livre

e sinto-me ser, apenas ser...

sem limites, sem obrigações, sem ter que colocar uma máscara que me retira de mim

e que mostra apenas um ser igual a todos

quando o não sou, não sinto assim, não sinto como eles

porque vivo em sonhos

em cada respirar, em cada pulsar, dentro

e  por isso não me compreendem e contra mim lutam

por não ser igual a eles

por eu viver sonhando, e eles, apenas

viverem sem sonhos ...

domingo, 3 de julho de 2011

Vicío




heiii


quem és

quem és tu


que me enovoa, me retira o sentir, me tira de mim


heiii

quem és ...


quem és tu


que me faz rodar, rodar e rodar

como se fosse a primeira vez


e me reitra da dor que tenho dentro

como uma guitarra que toca

lentamente, mas com força. muita força


heiii


quem és tu, que forças tens dentro de ti

e porque me aprisionastes dentro

e não te consigo, abandonar ...


e não sei o que dizer, o que fazer

para que me abandones ...


e sinto, 

como me envolves, como me transportas para outros mundos


que não este, que me faz doer, morrer


heiiii


quem és tu


que me vai matando, sinto, dentro, dia a dia


que me vai sugando as forças de que preciso para seguir


mais um pouco, mais um dia, nesta vida


heiiii


quem és tu

diz-me, se deus te criou, na minha vida



e me faz enfrentar-te dia a dia, segundo a segundo que anseio por ti

diz-me, te suplico, diz-me


como consigo deixar-te, abandonarte, rejeitar-te


se me fazes viver nesses instantes que estou contigo

no saboreio, já sem saborear ...

que estou ainda viva ... 

mais um dia

Era




era

já não sou

era... eu sei

o que não sou mais, 

era ...

sonhadora,  brincalhona, alegria, e sentia-me  viva, como sentia ...

cada manhã sentia a esperança em mim!!  como sentia

e cada dia que amanhecia me fazia sentir sua dona,

aproveintando-o até ao fim, saboreando-o e dando-o a saborear 

era, 

quem não sou mais

como sei, não sou mais ...

a própria vida me foi retirando, bocadinho a bocadinho ...

e, agora, por muito que tente, já percebi,

não voltarei a ser assim....

era

luz, voava, 

e no voar, sentia dentro de mim a beleza da vida, num sorriso, nun tocar

e num mesmo chorar, sentia-me viva

estremecendo de alegria, por me sentir assim!!

e por poder sentir isso tudo, na alma

era tudo isso, e perdi,

perdi-me a mim mesma

e agora se sonho, dóí-me

e já não sei brincar, nem sorrir,,

e o voar, perdi as asas que me elevavam

era... e já não sou

e sinto que morro,

e como queria ...

como queria, viver, sem sonhos,

como queria, viver sem amor,

como queria viver sem esperanças,

como queria, 

mas não posso,

estou me afogando

e sinto que morro... que cada instante morro, mais um bocadinho,

por não sentir, já... isso tudo em mim!

porque, já não sou, apenas já  não sou

era ....


Analuz

Aquilo a que a lagarta chama fim do mundo, o homem chama borboleta.
(Richard Bach)







Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos

Raul Seixas

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